CAPÍTULO TREZE
Raposos –
Brasil - 2003
Estou aqui, debaixo de uma frondosa árvore, rindo das maluquices de meu
amigo Francisco. Detalhe. Estou tomando um refresco em minha canequinha feita de
lata de óleo, q deve ser tão milagrosa quanto esse tal de Graal. Após uma
longa travessia em uma estrada inexistente um pouco de suco ressuscita qualquer
defunto. Eu avisei a vcs q essa história uma hora ou outra ia descambar para o
absurdo. Se dê por satisfeito se ela terminar bem ou mesmo terminar. Francisco
teima que esse camarada Rixard fez realmente tudo o que ele escreve. Mas se isso
fosse verdade esse cara tinha que ser personagem de cinema não de um livrinho
besta como esse. O cara pega a pedra dos muçulmanos, quase limpa o nariz no
pano sagrado dos cristãos e ainda por cima acredita ter xegado perto do
canequim de bebê vinho do salvador do mundo. Ah! Fala sério! Tá parecendo
filme de Olivude... Não, não falei errado não... Eu sei que o correto é
Hollywood, mas quem é vc para me criticar... Leia! Hawai... Viu leu errado, não
é Avai, e Rauai. Se Avai tá certo, Olivude tbm tá. Não tente ensinar o q não
sabe e pense duas vezes antes de querer ser crítico. Eu sou prático, mas não
sou burro... ... Posso continuar? E essa mania agora de axar q é cavaleiro e q
viu um cavaleiro negro no caminho. Era simplesmente um motoqueiro perdido. Esses
treiero com aquelas roupas toda colorida e aqueles plásticos em volta do corpo.
Não tô falando? O homem tá se axando dentro de um livro. Eu aviso a vc q está
lendo esse livro: Quem lê demais fica doido. Depois não fala q eu não avisei.
Vai ficar procurando canequinha, pano velho, lascas e sangue de defunto. O q me
interessa se o Papa ficou com a coroa do César? E a única coisa interessante q
aconteceu em Torino foi a derrota do Brasil para Argentina na Copa de 90. Vcs
lembram? Nem disso vcs lembram... Ah!... Cansei de escrever. Ah! Alias Raposos não
tem nada de interessante. Nada a declarar. Sigo a viagem. Próxima parada: Rio
Acima.
>> CAPÍTULO QUATORZE <<